Se você está prestes a disputar um jogo marcante, por que não torná-lo também um jogo importante? Dave Hodges não poderia ter escolhido uma partida melhor para sua 300ª aparição competitiva com a camisa do Corinthian-Casuals: a final dos playoffs de acesso da Ryman League Division One South.
Infelizmente, a celebração teve um gosto amargo, no fim. Incumbido de cobrar a quinta cobrança da disputa de pênaltis que decidiria o time promovido à sétima divisão, Hodges se deparou com um Slavomir Huk que fazia o jogo de sua vida. Enquanto Hodges olhava sua cobrança ir em direção ao canto inferior esquerdo do gol, Huk estendeu o braço para negar ao Casuals a promoção dos seus sonhos. Foi um final melancólico para a temporada, mas que não impediu a todos de manterem suas cabeças erguidas.
Tudo começou para Hodges há sete anos, quando conheceu o Corinthian-Casuals através de Ricky Bowry, então goleiro da equipe. Bowry propôs que Hodges fizesse um teste com o técnico Brian Adamson, e desde a primeira exibição ele causou ótima impressão. Desde então, ele foi presença constante no flanco esquerdo da equipe, e certamente deixará muita saudade quando encerrar sua passagem pelo clube.
Infelizmente, a celebração teve um gosto amargo, no fim. Incumbido de cobrar a quinta cobrança da disputa de pênaltis que decidiria o time promovido à sétima divisão, Hodges se deparou com um Slavomir Huk que fazia o jogo de sua vida. Enquanto Hodges olhava sua cobrança ir em direção ao canto inferior esquerdo do gol, Huk estendeu o braço para negar ao Casuals a promoção dos seus sonhos. Foi um final melancólico para a temporada, mas que não impediu a todos de manterem suas cabeças erguidas.
Tudo começou para Hodges há sete anos, quando conheceu o Corinthian-Casuals através de Ricky Bowry, então goleiro da equipe. Bowry propôs que Hodges fizesse um teste com o técnico Brian Adamson, e desde a primeira exibição ele causou ótima impressão. Desde então, ele foi presença constante no flanco esquerdo da equipe, e certamente deixará muita saudade quando encerrar sua passagem pelo clube.
CCFC: Disputar sua 300ª partida pelo Casuals em um jogo como a final dos playoffs de acesso, contra o Dorking Wanderers, deve ter sido complexo. Quais são as suas reflexões sobre esse jogo?
DH: É uma mistura de orgulho e frustração. Estar aqui no Corinthian-Casuals por sete anos, jogando 300 jogos, e chegar a disputar a chance de ser promovido à Isthmian Premier foi incrível. Por si só, é uma conquista fantástica. Obviamente, perder a final dos playoffs, nos pênaltis ainda, e comigo desperdiçando a cobrança decisiva, foi frustrante, especialmente porque merecíamos a vitória. Quando você olha para trás, as chances que tivemos... nós éramos a melhor equipe. Mas isso é futebol, no fim das contas. Apesar de tudo a temporada de um modo geral foi incrível. É uma pena que não tenhamos terminado a maneira como gostaríamos.
CCFC: Você parecia pronto para converteu a penalidade final na disputa, mas se deparou com um goleiro que estava realmente inspirado naquele dia. O que se passou pela sua mente ao ver que sua cubrança havia sido defendida?
DH: Eu sabia onde colocar a bola, mas não pensei muito nisso. Você não pode, em momentos como esse, pensar muito em como a situação é extrema. Então não me abalei muito quando vi pênalti ser defendido, especialmente porque eu tenho alguma idade suficiente e discernimento para entender que devemos lidar rapidamente com a situação, seguir em frente e continuar tentando.
CCFC: Vamos a lembranças melhores agora, para falar do seu gol decisivo na final da Surrey Senior Cup [1], vencida pelo Casuals no campo do Sutton United. O que você lembra dessa ocasião?
DH: Foi a minha primeira temporada no Casuals, muito difícil. Lutamos com dificuldades em grande parte da temporada, e não pudemos contar com nosso manager, Brian Adamson, que esteve doente. Nos últimos quinze jogos, fizemos um esforço para nos manter na divisão, e tivemos que lutar até a última rodada. Me lembro que na última rodada, empatamos com o Whitstable Town, mas o Chatham Towm também empatou seu jogo contra o Bognor Regis, o que lhes custou o título, rebaixou o Chatham e nos salvou. [2] Isso foi notável, também.
Sobre o título da Surrey Senior Cup, foi especial pois o clube não ganhava nada desde os anos 1950... era o primeiro troféu em 60 anos. E pessoalmente falando, foi uma final incrível. O Leatherhead acabara de ser promovido na liga através dos playoffs e fez um bom jogo. Mas nós fomos, de longe, a melhor equipe naquela noite. Eu marquei o primeiro gol e participei do gol do Joel Thompson. Ainda me lembro bem. Foi um excelente dia, com grandes celebrações... uma das minhas melhores lembranças no Casuals.
CCFC: Embora poucos o conhecessem como atleta ao chegar no clube, você veio com alguma reputação por ter disputado a final da FA Vase com o Glossop North End. Jogar no estádio de Wembley foi o auge da sua carreira?
DH: Eu acho que um dos dois destaques da minha carreira é, naturalmente, ter jogado em Wembley em uma final de copa... é o sonho da maioria das pessoas que amam o futebol, e uma coisa incrível de fazer. Nós jogamos dez ou onze jogos em todo o país para chegar à final, então toda a campanha da equipe naquela temporada foi especial. Mas ter ido ao Brasil com o Casuals, jogando em yum estádio lotado contra um dos melhores times da América do Sul... uau. E conseguimos fazer um bom jogo, além de tudo que envolveu o tour. Foi uma chance de mostrar ao mundo um pouco do futebol disputado Dadas todas as outras coisas que pudemos fazer lá e agir como uma vitrine para o futebol que é disputado além das ligas profissionais, o "non-league football".
CCFC: Quais são suas outras lembranças da viagem ao Brasil?
DH: O jogo foi obviamente o grande momentoa, mas os outros compromissos que tivemos nas comunidades em São Paulo foram especiais. Como quando visitamos crianças em uma unidade de tratamento do câncer para tentar iluminar um pouco suas vidas, o que não é necessariamente algo que nós normalmente fazemos nas nossas rotinas de atleta... mas conseguimos lhes trazer um pouco de alegria em uma situação difícil, e foi muito especial. O tou em si não se tratava apenas de futebol, nunca se tratou. Era sobre amizades entre os nossos dois clubes, embora tenham se tornado muito diferentes ao longo da história. Sentimos que criamos um vínculo verdadeiro com os torcedores, pois tantas pessoas pareciam se preocupar conosco, e nós víamos o quando nossa presença no Brasil era especial para tantas pessoas. Isso só tornou a experiência mais inesquecível ainda.
CCFC: Você voltou a atuar como lateral sob o comando do manager James Bracken... e com algum sucesso. Você venceu vários prêmios como jogador em 2016. Foi uma surpresa?
DH: Eu acho que foi. Na verdade, não pensei que fosse ganhar um prêmio, para ser honesto. Foi muito especial, cada um deles. Obviamente que cada prêmio individual só foi possível pois todos os jogadores fazem sua parte durante os jogos, e ano passado tivemos um grupo muito bom aqui. Tenho certeza de que isso acontecerá de novo este ano, pois temos um tipo de vínculo que parece só existir no Casuals. Em sete anos no clube, sempre estive envolvido em elenco que realmente estavam aqui pelo amor ao esporte, pelo prazer de desfrutar o futebol. E além de tudo temos o James, que evidentemente faz um trabalho brilhante e é um ótimo manager. Seu treinamento é incomparável e as conquistas são fruto desse trabalho.
CCFC: Durante esses sete anos, você recebeu ofertas para sair do Casuals, e recusou todas. O que o manteve no clube todo esse tempo?
DH: Eu acho que o Casuals é um clube brilhante. Há pessoas brilhantes aqui. Quando cheguei, não éramos o clube mais bem sucedido, mas mesmo assim, eu acho que me apaixonei um pouco pelo clube. Claro que com o tempo você precisa de novos desafios, mas eu tive a sorte de ter conseguido encontrá-los aqui, e ficar no mesmo clube. Recentemente, a chegada do James, por exemplo, nos deu ambições diferentes como uma equipe e trouxe muitos jogadores de qualidade, me fazendo continuar defendendo a equipe. Foram sete anos brilhantes, especialmente agora no fim. Podemos sentir que estamos na direção certa, e os torncedores também sentem. Estamos avançando, cada vez mais.
CCFC: Quem é o melhor jogador que jogou ao seu lado no Casuals?
DH: Pergunta difícil... eu joguei com tantos. Danny Bracken é um goleiro brilhante. Facilmente o melhor nesta liga, poderia jogar sem dificuldades em divisões superiores. Posso citar também Joe Hicks, que foi um zagueiro fantástico para este clube, tanto que chegou até a National League South [6ª divisão inglesa]. Sem falar no Jamie Byatt, marcou muitos gols para o Casuals e até hoje é um dos melhores atacantes da liga.
CCFC: E o melhor jogador que você jogou contra?
DH: A este nível? Não consigo lembrar nomes. Todo mundo parece conhecer os nomes uns dos outros nesta liga, mas há muitos jogadores muito bons. Obviamente que alguns deles são os jogadores do Corinthians Paulista que enfrentei em 2015, afinal alguns ali eram jogadores da seleção brasileira... também me lembro de ter jogado uma vez contra Brian Deane [3] em um amistoso, e eu tive enormes dificuldades... fui feito cde bobo diversas vezes ao marcá-lo. E ele sequer estava em seus melhores dias!
[3] Brian Deane atuou como jogador entre 1985 e 2006 e tem passagens por clubes como Sheffield United, Benfica, Leicester City ew West Ham. Disputou três jogos pela seleção inglesa, e ficou conhecido por ter marcado o primeiro gol da história da Premier League, pelo Sheffield United, em 1992.
CCFC: Parece que o elenco evoluiu novamente após uma ótima temporada em 2016/17. Você acredita que é possível, dessa vez, conquistar o acesso que escapou em abril?
DH: Não vejo por que não. Há muitos jogadores de qualidade aqui. Em última análise, é sempre uma tarefa difícil para James quando há uma rotatividade grande de jogadores, o que é normal nessa divisão em uma temporada de 46 jogos. Especialmente esse ano, com mais lugares de promoção em jogo, há uma oportunidade real e não vejo nenhuma razão para que não possamos estar no topo da liga em abril. Será um desafio, sim, e não há dúvida de que muitos clubes vão investir muito dinheiro para tentar alcançar a promoção. Mas pelo que eu já vi do elenco, temos a qualidade para competir.
DH: Eu acho que o Casuals é um clube brilhante. Há pessoas brilhantes aqui. Quando cheguei, não éramos o clube mais bem sucedido, mas mesmo assim, eu acho que me apaixonei um pouco pelo clube. Claro que com o tempo você precisa de novos desafios, mas eu tive a sorte de ter conseguido encontrá-los aqui, e ficar no mesmo clube. Recentemente, a chegada do James, por exemplo, nos deu ambições diferentes como uma equipe e trouxe muitos jogadores de qualidade, me fazendo continuar defendendo a equipe. Foram sete anos brilhantes, especialmente agora no fim. Podemos sentir que estamos na direção certa, e os torncedores também sentem. Estamos avançando, cada vez mais.
CCFC: Quem é o melhor jogador que jogou ao seu lado no Casuals?
DH: Pergunta difícil... eu joguei com tantos. Danny Bracken é um goleiro brilhante. Facilmente o melhor nesta liga, poderia jogar sem dificuldades em divisões superiores. Posso citar também Joe Hicks, que foi um zagueiro fantástico para este clube, tanto que chegou até a National League South [6ª divisão inglesa]. Sem falar no Jamie Byatt, marcou muitos gols para o Casuals e até hoje é um dos melhores atacantes da liga.
CCFC: E o melhor jogador que você jogou contra?
DH: A este nível? Não consigo lembrar nomes. Todo mundo parece conhecer os nomes uns dos outros nesta liga, mas há muitos jogadores muito bons. Obviamente que alguns deles são os jogadores do Corinthians Paulista que enfrentei em 2015, afinal alguns ali eram jogadores da seleção brasileira... também me lembro de ter jogado uma vez contra Brian Deane [3] em um amistoso, e eu tive enormes dificuldades... fui feito cde bobo diversas vezes ao marcá-lo. E ele sequer estava em seus melhores dias!
[3] Brian Deane atuou como jogador entre 1985 e 2006 e tem passagens por clubes como Sheffield United, Benfica, Leicester City ew West Ham. Disputou três jogos pela seleção inglesa, e ficou conhecido por ter marcado o primeiro gol da história da Premier League, pelo Sheffield United, em 1992.
CCFC: Parece que o elenco evoluiu novamente após uma ótima temporada em 2016/17. Você acredita que é possível, dessa vez, conquistar o acesso que escapou em abril?
DH: Não vejo por que não. Há muitos jogadores de qualidade aqui. Em última análise, é sempre uma tarefa difícil para James quando há uma rotatividade grande de jogadores, o que é normal nessa divisão em uma temporada de 46 jogos. Especialmente esse ano, com mais lugares de promoção em jogo, há uma oportunidade real e não vejo nenhuma razão para que não possamos estar no topo da liga em abril. Será um desafio, sim, e não há dúvida de que muitos clubes vão investir muito dinheiro para tentar alcançar a promoção. Mas pelo que eu já vi do elenco, temos a qualidade para competir.
CCFC: Qual é o futuro para o atleta Dave Hodges? Você poderia se tornar o jogador com mais jogos pelo Casuals?
DH: Parece improvável infelizmente, pois devo deixar o clube em breve... para um novo emprego na Índia. Em um nível pessoal, é empolgante, mas ainda me parece um pouco estranho pensar que não vou mais jogar aqui. Ainda estarei aqui até o final do ano, então tenho alguns meses para lutar por esse recorde. Mas mesmo que não consiga, já tenho mais de 300 jogos... não é uma marca ruim.
DH: Parece improvável infelizmente, pois devo deixar o clube em breve... para um novo emprego na Índia. Em um nível pessoal, é empolgante, mas ainda me parece um pouco estranho pensar que não vou mais jogar aqui. Ainda estarei aqui até o final do ano, então tenho alguns meses para lutar por esse recorde. Mas mesmo que não consiga, já tenho mais de 300 jogos... não é uma marca ruim.